terça-feira, 17 de abril de 2012

ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA EM BOGOTÁ


O Brasil é o país homenageado na 25ª Feira Internacional do Livro de Bogotá, uma das maiores do gênero na América Latina, cuja abertura oficial aconteceu hoje (16/04/2012). É uma oportunidade singular ser homenageado nas bodas de prata do evento mais importante da Colômbia. Abre-se assim a janela editorial brasileira aos países da Bacia Amazônica, América Central e Caribe. Na programação do evento, entre outras atividades, consta o fig.02 Congresso Internacional de Ilustração, que oferece ao público uma mostra temática que reúne obras de 12 ilustradores brasileiros. Tenho o privilégio de participar com duas imagens, e a alegria de figurar ao lado dos ilustres colegas Alarcão, Kako, Casal, Alê Abreu, Guilherme Kramer, Leo Gibran, João Pinheiro, Zé Otávio, Zimbres, Carlos Araújo e Weberson Santiago. A mostra foi batizada de O imprevisível da arte gráfica brasileira, que será o mote para a palestra do ilustrador brasileiro Roger Mello, no dia 19/04, às 11:20.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

NEGRO NO ÁGUA BRANCA: PÓS-OFICINA

Crianças de perfis e idades diferentes botoram a mão na massa no domingo. Gostei de encontrar alguns amigos e colegas ilustres, que estiveram por lá com seus filhotes para participar da oficina.

Todos foram receptivos e, sob à sombra e benção das árvores do Água Branca, talvez pintassem por toda a tarde se pudessem. E só na base do bate-papo, arte e natureza, fruição sincera e compartilhamento.

Dei uma palhinha leve sobre o povo Munduruku, focando na questão do sagrado e na percepção deles sobre a vida. Expliquei que esse povo guerreiro hoje enfrenta adversários poderosos como a usina hidrelétrica de Teles Pires. Que é uma ameaça às sete cachoeiras sagradas do povo Munduruku, onde mora a mãe de todos os peixes. Aonde, sob as àguas, vão todos os Munduruku depois de morrer. Patrimônio intangível e natural desse povo. Bem como para os Apiaká e Kayabi. Obra já iniciada, de forma controversa e arbitrária, que está sob processo jurídico movido pelo Ministério Público.

Para os Munduruku aquelas águas, quedas e lugares são templos sagrados. Destruí-los é como por abaixo uma igreja, uma sinagoga ou qualquer monumento público tombado. Puxei daí o mote para as pinturas da criançada, propondo que retratassem o que era sagrado e intocável para elas. Ganhei de presente algumas obras-frutos e espero ter dispersado algumas sementes.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

NEGRO NO BRANCA: OFICINA MUNDURUKU II

Já está rolando e deu na Folhinha. Índios brasileiros que se dedicam à literatura participam do projeto OCA DI VERSOS no Parque da Água Branca (R. Ministro Godói, 180, Perdizes), zona oeste de São Paulo. A curadora Deborah Goldemberg detalha aqui a programação, que inclui palestras e oficinas sobre as características culturais de diferentes etnias como Guarani, Pataxó, Munduruku, Pankaruru e Kaingang.

Daniel Munduruku estará no próximo sábado, às 11:00, para um bate-papo sobre o MUNDO MUNDURUKU.

No domingo, no mesmo horário, cuidarei da oficina de ilustração MUNDO MUNDURUKU II. O material básico de suporte será fornecido gratuitamente aos interessados, que poderão ainda coletar elementos dispersos pelo parque para elaborar suas imagens. Compareçam!