quinta-feira, 24 de abril de 2008

COM A PALAVRA, O GRANDE CHEFE!


Lançar A PALAVRA DO GRANDE CHEFE é um sonho compartilhado com o escritor e parceiro Daniel Munduruku. Durante alguns anos reunimos diversas versões, recortes e fragmentos – dos mais diversos autores – que se prontificaram a recontar o célebre pronunciamento do carismático líder indígena. Fizemos nossa própria releitura, que funde livremente o material coletado em diferentes fontes e idiomas.

Em 1854 os anglo-europeus precisavam assentar suas famílias no novo mundo. O governo dos Estados Unidos propôs comprar o território indígena de Puget Sound, atual Estado de Washington. O Governador Isaac Stevens reiterou a oferta de compra ao líder dos povos Suquamish e Duwamish. O Chefe Seattle, como era conhecido, sabia que devia aceitá-la para evitar o risco de mais um enfrentamento.

Sua resposta tornou-se um discurso memorável, graças à clareza, contundência e à extraordinária força poética e percepção do sagrado na natureza. Esse pronunciamento tem sido por muitos recontado, já há mais de um século e meio. Transformou-se em um relato mítico que ganha novos relevos a cada releitura.

O sublime essencial permanece em todas essas versões. Quem jamais conheceu nenhuma delas, ou mesmo quem guarda o discurso na memória, terá uma outra oportunidade de ler A PALAVRA DO GRANDE CHEFE. Dessa vez, ilustrada com pirogravuras colorizadas com pigmentos naturais e elementos orgânicos tridimensionais, cuja elaboração foi balizada pela iconografia tradicional dos povos nativos da região. Ressalva apenas à caracterização do homem branco, feita com metal enferrujado e apetrechos ferroviários, como um símbolo da industrialização e do materialismo nascentes.

Lançamento no sábado, 24/05, às 16h00, no espaço biblioteca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, durante o 10º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens.

5 comentários:

CárcamO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CárcamO disse...

O homem branco continua empobrecendo a terra, ignorando o sussurro do vento e contaminando o ar que nos resta.
O que escreveria hoje o grande cacique Seattle.?
Grande hermano, Mauricio, ao resgatar este texto já está expondo a sua sensibilidade como artista.
Espero que o lançamento tenha repeteco em São Paulo.Parabéns!
Muito sucesso para você e seu parceiro Daniel!

do amigo
Cárcamo

MAURICIO NEGRO disse...

Grato, Cárcamo! Terá repeteco em Sampa também. Ainda não sei quando, mas é certo. De uma outra forma, seu maravilhoso Thapa Kunturi trata também do mesmo tema. Estamos afinados nessa revisão história. Abraço grande!!!

cris eich disse...

oi,Maurício ,nossa formação judaico-cristã que prega o homem como centro de tudo,o ser a ser
preservado, tem conseguido ao longo dos anos abafar as palavras do
grande chefe e tbm as de muitos outros povos.Leitura essencial,que um número grande de novos leitores possa sentir a força dessas palavras.
Bons ventos no lançamento,bj

Fátima Campilho disse...

"Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra.
O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela.
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo."
Chefe Seattle

Fiz divulgação do lançamento no meu Blogstórias Essenciais.

Abraço.